FOTOS EDIMAR SOARES
O polo está quase pronto, a obra está em fase de acabamento
A espera vem sendo longa para quem mora no Álvaro Weyne. Desde 2009, a Prefeitura iniciou a reforma do polo de lazer do bairro. Os serviços estão em fase de conclusão, mas ainda sem previsão de entrega à população. Porém, mesmo antes de voltar a desfrutar do espaço, já existe uma polêmica na comunidade: a forma de gestão do polo. 
O impasse ocorre porque antes da reforma, segundo alguns moradores, havia um gestor, que teria sido designado pela Prefeitura para ser responsável pelo espaço. Essa forma de administração acabou gerando um desgaste entre parte da comunidade e o gestor. Por isso, algumas lideranças comunitárias reivindicam a criação de um conselho gestor, formado por representantes de entidades do próprio local.
“O que a comunidade quer é a criação do conselho. O objetivo é que todo mundo tenha oportunidade de uso”, afirma Ivan Batista, membro da União dos Moradores de Luta do Álvaro Weyne. Segundo ele, o responsável pela gestão chegava a cobrar uma taxa para que as pessoas usassem os equipamentos de lazer.
O POVO foi até o local na manhã de ontem. Homens trabalhavam nos acabamentos da obra. Já os moradores estavam divididos em relação ao gestor do polo. Enquanto uns dizem que ele “particularizou” o polo, outros dizem que ele “trabalhou muito bem” e foi vítima de “injustiça” no período em que era o responsável por administrar o espaço.
“Aqui (no polo de lazer) era bonito, organizado, mas depois foi ficando bagunçado”, afirma a comerciante e líder comunitária Socorro Matos. Segundo ela, problemas de administração acabaram comprometendo a relação da comunidade com a área de lazer. O garçom Ronaldo Martins, que espera a conclusão da reforma para voltar a jogar futebol na quadra, diz que havia “dificuldades” e “muita burocracia” para usufruir do polo. O POVO não conseguiu contato com o gestor.
Segundo a assessoria da comissão Fortaleza bela quero te ver, da Prefeitura, o homem citado pelos moradores é o responsável pela Associação Comunitária Jovem Feliz, entidade com a qual a Prefeitura assinou um termo de cooperação em janeiro deste ano. Nesse termo, segundo a assessoria, uma entidade se compromete a cuidar de um espaço público, sem que haja nenhum custo para o Município. O modelo já vem sendo adotado em outros espaços, como a Praça do Ferreira e o jardim japonês.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Alguns moradores do bairro Álvaro Weyne dizem que estaria havendo “privatização” de espaço público no polo de lazer do bairro, inclusive com cobrança de taxas para a utilização. O responsável seria membro de uma associação parceira da Prefeitura.
Serviço
Comissão Fortaleza bela quero te ver
Segundo a assessoria da comissão, a associação não pode em momento algum cobrar taxas da população. Haverá uma reunião com a entidade para tratar da questão.
Caso a comunidade não esteja satisfeita com a gestão do polo, deve entrar em contato com a comissão para informar os problemas.
Telefone: 3452 7274 e 3452 7275
